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O Persistente Propósito de Deus

por T. Austin-Sparks

Capítulo 12 – Um Rio Que Não Podia Ser Atravessado: A Plenitude do Espírito

Estamos chegando ao final do nosso tempo juntos, e isto significa que há muita coisa em Ezequiel que não seremos capazes de considerar aqui. Assim, nesta manhã, sugiro que demos atenção ao capítulo 47. Este é o capítulo do rio. Penso que este capítulo é bem conhecido de vocês, de modo que não teremos que lê-lo novamente. Contudo, precisamos ler o segundo capítulo do livro de Atos, pois sinto que Ezequiel 47 e Atos capítulo 2 caminham juntos. O segundo capítulo de Atos é o cumprimento daquilo que temos aqui neste capítulo em Ezequiel. Mas há uma passagem da Escritura entre esses dois capítulos, que está no Evangelho de João. Vamos ler João capítulo 7:

“E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado”. (versos 37-39).

Uma interpretação rigorosa exige que observemos um ponto, pois isto a que o Senhor Jesus estava se referindo em João sete: “no último dia, o grande dia da festa", não foi estritamente o que temos aqui em Ezequiel 47, mas se refere à Festa dos Tabernáculos, e isto nos leva para muito antes de Ezequiel; leva-nos para a vida de Israel nos tempos antigos. Vocês se lembrarão de que a Festa dos Tabernáculos era a comemoração da saída de Israel do Egito e dos tempos em que viviam em tendas no deserto. Não precisamos nos ater aos detalhes da festa, pois este não é o nosso objetivo, mas era a isto que Jesus estava se referindo.

Ezequiel 47 não é uma celebração da Festa dos Tabernáculos, mas há algumas características comuns que estão em Ezequiel 47, em João 7 e em Atos 2. Sabemos que, quando Jesus falou estas palavras, Ele estava no templo em Jerusalém. Era no templo que a Festa dos Tabernáculos estava sendo comemorada, e nesse tempo, o sacerdote desceu ao tanque de Betesda e pegou água, e derramou-a na entrada do templo. Jesus usou isso e aplicou a Ele mesmo.

A Fonte Do Rio É O Homem Escondido No Santuário

A característica comum nesses três lugares – Ezequiel, João e Atos – é esta: as águas estão fluindo da Casa. E, então, há outra característica em comum nesses três lugares: na Casa, como vimos, tudo se refere ao Homem Glorificado no Trono. O Homem Glorificado governa tudo. Agora, aqui em João 7, João faz o seguinte comentário: "Isto Ele falou do Espírito, O qual aqueles que criam nEle haveriam de receber; pois o Espírito ainda não havia sido dado, porque Jesus ainda não havia sido glorificado". Assim, isto apontou para o futuro: quando Jesus fosse glorificado. Sem qualquer dúvida, isto já se cumpriu no Dia de Pentecoste. Jesus foi Glorificado e as águas fluíram da Casa. Nós realmente temos algumas características em comum nesses livros.

Vamos ver alguns detalhes de Ezequiel 47, e, para começar, precisamos observar que toda esta situação é uma situação que estabelece uma condição para a nossa dispensação. Como sabemos, muitos acreditam que tudo isto aqui em Ezequiel se refere ao Milênio. Bem, a situação neste capítulo não é uma situação de Milênio. Nem corresponde isto plenamente ao final do livro de Apocalipse. É verdade que em Apocalipse temos o rio fluindo do Trono de Deus e do Cordeiro, e há muitas características lá exatamente como estas aqui em Ezequiel. Contudo, o que temos aqui em Ezequiel não é nem o Milênio, nem a Era Vindoura, mas sim uma referência à nossa dispensação. Em Ezequiel há uma situação de necessidade; é um cenário de morte e de doença. Estas águas vencem a morte, e as folhas das árvores são para a cura das doenças; é um cenário de grande necessidade. No Milênio a morte ficará suspensa por um tempo, e, no final do livro do Apocalipse, a morte já não existe mais. Aqui em Ezequiel a morte ainda tem que ser enfrentada e vencida. Aqui ainda existe uma condição de falta de saúde que precisa ser tratada. É importante perceber que este capítulo de Ezequiel se aplica à nossa dispensação.

Vamos anotar alguns detalhes. Primeiro, a fonte do rio. A fonte do rio está escondida em algum lugar no limiar da Casa. A Palavra diz que as águas brotavam do limiar da Casa. Talvez possamos concluir que as águas brotavam do limiar e escorriam pela lateral da Casa, porque é dito que elas desciam na direção do oriente. Este parece ter sido o movimento. Vamos voltar a isso em um minuto. Para o momento, as águas brotavam de algum lugar secreto por debaixo do umbral da Casa.

O Senhor disse que o Santuário era o lugar do Seu Trono e o lugar de Sua Glória, e o lugar onde o Senhor habita. Acho que podemos concluir que as águas vinham daí. Naturalmente, tudo isto é um tipo, um símbolo. Não é falado exatamente do lugar de onde essas águas brotavam, mas é dito que saíam “por debaixo do umbral”. Acho que podemos concluir que elas saíam do lugar do Trono da Glória, e este é um lugar escondido na presença de Deus, pois sabemos que Deus está escondido no Santuário.

O Homem no céu está escondido no Santuário. Ele é o Mistério Celestial. Ele está no Trono. Está Glorificado; e, então, o Espírito brota dEle como naquela posição e condição. Nós nos lembramos de que Jesus disse que “depois Ele não se manifestaria ao mundo, mas sim às testemunhas que Ele havia escolhido." Após a Sua ressurreição, Jesus não se manifestou pessoalmente ao mundo. Para o mundo, Jesus não existia mais. O mundo não tem conhecimento de Sua existência pessoal. Ele é um mistério para o mundo, uma irrealidade, isto porque Ele se ocultou do mundo. Ele está escondido no céu. Mas há uma manifestação de Si mesmo, e esta manifestação é no Espírito de Vida que vem do Santuário. Cristo não apenas está pessoalmente no céu; Ele está entronizado na Igreja Celestial.

Para o mundo, nesta dispensação, Jesus ainda é um mistério. A Igreja não é compreendida, mas este é o mistério: "Cristo em vós, a esperança da glória”. E talvez vocês, estudantes da Bíblia, saibam que a tradução literal é: "Cristo está no meio de vós, Ele é a esperança da glória”. Naturalmente, Cristo está em nós pessoalmente e individualmente, mas a palavra em Colossenses é “Cristo no meio de vós” – a Igreja é o contexto dessas palavras. O grande mistério entre as nações é Cristo no meio da Igreja. Esta é a esperança da glória. Paulo disse: "a Ele seja a glória na Igreja por meio de Cristo Jesus". O mundo somente pode conhecer o mistério por meio da Vida que flui da Igreja.

É isto o que aconteceu no Dia de Pentecoste. Por meio do rio (o Espírito), que saiu da Igreja, o mundo ficou sabendo que Jesus está vivo; Cristo é o único Caminho no qual o mistério é conhecido. As águas saem do Santuário. É o que diz Ezequiel 47:12 "porque as águas saíam do santuário”. No Santuário, elas são um mistério. O mistério é tornado conhecido quando as águas saem da Casa. Tudo isso também é verdade no Novo Testamento.

O Rio (O Espírito Santo) Torna Todas As Coisas Novas

Assim, vemos que o primeiro detalhe da Casa é a Fonte do rio, e, então, a segunda, é que as águas fluem para o oriente. É dito lá que o templo ficava voltado para o oriente. Assim, as águas se moviam do sul para o leste. Isto é algo interessante! Por que a Casa foi construída com o seu portão voltado para o oriente? Por que tudo se voltava para o leste? E por que essas águas se moviam para o leste? O leste é sempre o símbolo do novo dia. O sol nasce no leste, o dia mundial começa no leste. Portanto, o leste é o símbolo de um novo dia, e é muito claro que este Rio significava um novo dia para todas as coisas, e para todas as pessoas: é a este novo dia do Espírito que o Senhor Jesus se referiu. "Mas a hora vem, e agora é, quando os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito”. Quando Jesus falou sobre a vinda do Espírito, Ele disse: “naquele dia”. Quão frequentemente Ele usava essas palavras, “NAQUELE DIA”, isto é, no dia do Espírito; a nova dispensação – a dispensação do Espírito Santo.

É nesta dispensação que Deus está oferecendo um novo dia para as pessoas. Obviamente, é um novo dia em muitos aspectos. Todas as coisas velhas das gerações passadas se passaram – as coisas velhas de tipos e símbolos, de formas, de cerimônias. As coisas velhas se passaram: “eis que tudo se fez novo”, e este é o rio que torna todas as coisas novas. É o dia do Espírito Santo. Assim, o rio flui para o leste, e o Espírito traz um Novo Dia.

Então, a próxima coisa. "Por onde quer que o Rio passe, tudo ganha vida":

“E saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos artelhos. E mediu mais mil côvados, e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; e outra vez mediu mil, e me fez passar pelas águas que me davam pelos lombos. E mediu mais mil, e era um rio, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar. (versos 3-5; ASV).

Este Homem de bronze mediu “mil côvados quatro vezes”. Mediu mil, e as águas deram pelos artelhos. Outro mil, e elas deram pelos joelhos. Outro mil, e elas deram pelos lombos; mediu mais mil, e havia um rio no qual se podia nadar; um rio que não se podia atravessar a pé. Bem, eu penso que o simbolismo é muito simples. Isto estabelece a plenitude progressiva do Espírito, ou a plenitude progressiva de Cristo. No início há uma imensa potencialidade intrínsica. Pode ser algo pequeno em Jerusalem, pequeno em seu começo, mas esta é apenas uma questão de comparação. Obviamente, foi algo muito grande que aconteceu no Dia de Pentecoste em Jerusalém, mas, comparado ao que viria posteriormente, aquilo não passou de algo pequeno. O começo é pequeno, em comparação com toda a Judéia e Samaria, e os confins da terra. Mas neste pequeno, existe toda a potencialidade para enfrentar o mundo. O objetivo deste rio aumenta. Fica cada vez maior, mais largo, mas o que há aqui nas águas é suficiente para satisfazer todas as necessidades, não importa quão grande possam ser. O Espírito de Jesus é suficiente para tudo. É isto o que está dito, este é o seu significado. Há suficiência em Cristo ministrado pelo Espírito para suprir as maiores necessidades. Não existe necessidade, por maior que seja, que não possa ser suprida por este rio. Não importa por onde o ria passe: “tudo ganha vida". Se vocês estudarem Ezequiel 47:7, irão ver que não há situação para a qual estas águas não sejam iguais. Contudo, devemos fazer uma ressalva nesta declaração. É dito mais adiante, no capítulo, que os seus charcos e pântanos não se tornam saudáveis; são deixados para sal. (47:11)

Existe algo que resiste ao Espírito Santo. Judas não chegou a gozar do benefício no dia do Espírito; e realmente existe, no Novo Testamento, esta possibilidade de se pecar contra o Espírito Santo. Onde isto é cometido de forma deliberada e persistente, então não há mais Vida: apenas morte. Mas, desde que não haja essa recusa deliberada e consciente ao Espírito, Ele agirá igual em todas as situações. Quão grande é o Espírito. Ele é completamente incompreensível!

O profeta disse que havia um rio cujas águas não se podia atravessar. Isto é algo com o qual é impossível de se lidar. Quão verdadeiro isto é em Atos 2. A vinda do Espírito está ligada a um poderoso e impetuoso vento. O Espírito desceu desta maneira no Dia de Pentecoste. É algo que não pode se manuseado pelo homem. Vocês não podem limitar o Espírito Santo dentro da esfera da capacidade de vocês. Ezequiel disse: “um rio que não se podia atravessar". É algo muito grande para o homem. Oh, que possamos conhecer o Espírito desta maneira! Em princípio, é isto o que o Espírito faz. Ele se recusa a ser amarrado por nossos sistemas humanos, por nossas medidas humanas. Ele se recusa a ficar limitado ao homem natural. Ele se recusa a ficar limitado por nossas tradições e preconceitos. É isto o que encontramos no livro de Atos. O Espírito Santo é demais para ficar restrito às pessoas em Jerusalém. Ele é muito para Pedro, e para todos os preconceitos de Pedro. Ele é muito para Herodes, o rei. Ele é muito para qualquer coisa que se atravesse em Seu caminho – é um Rio que ninguém pode controlar.

Agora, para que o Espírito se manifeste desta maneira, duas coisas são necessárias, e isto é um princípio muito verdadeiro. Somente haverá a plenitude e o poder do Espírito se estas duas coisas realmente existirem. A primeira coisa é a absoluta autoridade do Trono, isto é, a absoluta autoridade do Homem que está no Trono. Temos dito repetidamente que o Homem do Trono governa tudo. Tudo no livro está sujeito a Ele. No livro de Atos, vemos o Homem do Trono governando todas as coisas – É a soberania absoluta de Jesus Cristo.

Agora, Deus não dará o Seu Espírito em plenitude e poder para algo que não corresponda ao Seu Propósito. Assim, isto é essencial: o Homem governando a Casa. Portanto, o que esta crescente medida diz a nós é o seguinte: O Senhor jamais deseja deixar o Seu povo só pelos artelhos no Espírito. Não é vontade do Senhor que tenhamos o Espírito e Vida somente pelos artelhos, nem pelos joelhos, e nem pelos lombos. O desejo do Senhor é plenitude; águas para se nadar nelas; águas que sejam demais para nós.

Naturalmente, esta é uma situação um tanto que terrível. Acho que vocês conseguem detetar em Ezequiel que o profeta estava um pouco assustado. Para ele, esta foi uma situação terrível, e, quando a situação fica desta maneira, realmente é terrível. – Nós queremos conservar os nossos pés em terra firme. – Não queremos ser varridos para fora dos nossos pés; a Igreja quer ter seus pés na terra, quer ficar segura no chão. Vocês sabem o que isto significa espiritualmente, mas a vontade do Senhor é nos tirar dos nossos pés, para que sejamos levados para profundezas onde não tenhamos medida. Vamos pensar sobre isto. Há duas pequenas palavras aqui: “um rio que NÃO DAVA para atravessar”. Aqui está o grande “não dava” do Espírito. Este “não dava” se sobrepõe a toda capacidade humana.

Ele Me Fazia Ir

A segunda coisa necessária para a plenitude é representada pelas margens e pelas árvores. As margens do rio são mencionadas. Este é um rio que flui entre as margens. Não é uma inundação que se espalha por todos os lugares. É um rio que corre entre as margens. Vocês sabem que o Espírito Santo possui um caminho, um caminho a qual Ele segue; Ele possui o Seu Próprio Propósito quanto a que caminho seguir. Se o Espírito disser: “vou por este caminho”, não adianta falarmos que vamos tomar outro. Vocês têm muito disso no livro de Atos. Paulo disse que pretendia pregar a Palavra em Bitínia, indo depois para a Ásia, porém teve que dizer: "O Espírito de Jesus não nos permitiu", e entenderam que daquela vez o Espírito estava indo para a Macedônia. Se Paulo tivesse ido para a Bitínia, ou Ásia, teria se separado do Espírito. O Espírito estava dizendo: “desta vez Eu vou por este caminho. Se você quiser ficar comigo, deverá seguir o Meu caminho”. E isto também aconteceu a Pedro. O Espírito estava se movendo na direção dos gentios, mas Pedro queria seguir o seu próprio caminho. O Espírito disse, em efeito: “Se você quiser estar comigo, deve seguir o Meu caminho. Eu não vou pelo seu caminho. Eu não vou pelo caminho da sua tradição, do seu preconceito. Este é o caminho que estou tomando hoje”. E, quando Pedro foi pelo caminho do Espírito, ele descobriu o Espírito numa plenitude maior do que havia conhecido antes.

Acho que vocês compreendem o princípio. As margens representam um caminho claramente definido por onde o Espírito passa. Ele pode mudar de direção de tempos em tempos. O Rio pode não seguir numa linha reta, mas irá sempre fluir entre as margens. O Espírito sempre sabe exatamente aquilo que está fazendo e o que Ele procura. Quão importante é para nós estarmos entre as margens com o Espírito!!

E, então, temos as árvores de cada lado do rio. Naturalmente, essas árvores, no Novo Testamento, são testemunhas vivas. Sugiro uma passagem que pode colocar isto melhor, em Efésios 4:

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”. (versos 11-13)

Aqui estão testemunhas vivas às margens do rio. Aqui estão elas ao longo das margens do Novo Testamento, e Deus tem tido as Suas árvores em todos os séculos. São as testemunhas vivas que dão testemunho da plenitude da vida de Cristo, que apontam para a plenitude espiritual, para a plenitude de Cristo.

Há uma coisa muito interessante para se observar aqui no versículo 9 de Ezequiel 47: ”E será que toda a criatura vivente que passar por onde quer que entrarem esses rios viverá; e haverá muitíssimo peixe, porque lá chegarão estas águas, e serão saudáveis, e viverá tudo por onde quer que entrar este rio”.

Eu não sei se vocês possuem uma marca em suas biblias chinesas nesta palavra, mas no hebraico está escrito: “por onde quer que entrarem esses dois rios". Está no plural, no hebraico, e a minha Bíblia contém uma referência na margem, que diz: "por onde quer que entrarem esses dois rios". Isto está no hebraico.

Agora, isto parece desconsertar tudo, não é verdade? Mas eu penso, novamente, que isto é um símbolo. Talvez esse rio realmente se dividisse em dois, mas “dois” na Bíblia é o número adequado para testemunho. Sempre que vocês encontrarem o número dois, vocês têm aí um testemunho suficiente. - "Pela boca de duas testemunhas toda palavra será estabelecida... Se dois de vós concordarem … ele enviou de dois em dois”. Dois é o número do testemunho suficiente. Assim, o que temos aqui pelo Espírito é um testemunho suficiente em Suas testemunhas. Assim, o efeito de tudo isso é Vida. Naturalmente, gostaria de falar mais a respeito disto, mas devemos parar por aqui. A PROVA de tudo é a Vida. A PROVA de que Jesus é o Senhor é encontrada na Vida. A PROVA de que a Casa está em ordem está na Vida. A PROVA de que o Espírito está tendo o Seu caminho é a Vida. A Vida é o testemunho. Assim, o testemunho é este: que Deus nos deu Vida eterna.

E assim terminamos por hoje. Ezequiel recebeu ordem para revelar tudo isso à Casa de Israel. A fim de mostrar tudo isso às pessoas, o profeta precisou ele mesmo andar por este caminho. Observem o que ele disse: “O Espírito me fez ir". Vocês e eu precisamos andar por este caminho antes de mostrá-lo a outras pessoas. Esta não é uma verdade apenas objetiva que deva ser ensinada, mas é a própria experiência do servo do Senhor.

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