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"Para Que Eles Sejam Um, Assim Como Nós Somos Um" - Volume 2

por T. Austin-Sparks

Reunião 35 – João se Dispôs a Confirmar a Fé dos Crentes num Dia Difícil

Reunião Trigésima Quinta
(Março 4, 1964, P.M.)


Vamos nos ocupar com a Primeira Carta de João. Quero ler os primeiros cinco versículos do capítulo um:

O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida (pois a vida foi manifestada, e nós a temos visto, e dela testificamos, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e a nós foi manifestada); sim, o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que vós também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o nosso gozo seja completo. E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e nele não há trevas nenhumas.

Entre o tempo em que João escreveu esta carta e o Senhor tivesse cumprido Seu ministério na terra, já tinha passado bastante tempo. Neste longo tempo, desde que o Senhor Jesus voltou para o Pai, até o momento dos escritos de João, muitas coisas tinham acontecido. Muitas coisas tinham invadido o Cristianismo para destruir a certidão dos crentes. Um grande número de diferentes ensinos tinham entrado, haviam muitas interpretações se opondo ao ensino de Jesus. Uma variedade de seitas e partidos tinham aparecido. Divisões e separações entre cristãos tinham tomado conta.

Em adição a estas coisas, o mundo tinha invadido a Igreja. O mundo tinha entrado nas igrejas. No Livro de Apocalipse, capítulo dois e trés, vemos como o mundo tinha entrado nas igrejas na Asia. Cada vez que o mundo entra nas igrejas, sempre enfraquece seu testemunho. E era simplesmente assim quando João escreveu esta carta, esse pano de fundo nos dá uma boa explicação para esta carta de João. É fácil entender quão difícil os cristãos estavam achando as coisas. De todos os diferentes ensinos e interpretações, eles não sabiam em qual acreditar; eles não sabiam qual era o correto e o verdadeiro. De todas as divisões entre cristãos, eles não sabiam qual era o certo. E o mundo tinha trazido tal confusão e tal fraqueza, que os crentes estavam num estado de grande dificuldade.

Por tanto, por causa das coisas estarem assim, João escreveu esta carta. Ele não só escreveu esta carta, mas também o Livro de Apocalipse. Fica bastante claro que João tinha um objetivo muito especial ao escrever. Em primeiro lugar, seu objetivo era tentar ajudar estes crentes em suas dificuldades, trazer eles de volta ao fundamentos de suas vidas cristãs, lhes contar em toda esta confusão qual era o verdadeiro. Esse era seu objetivo geral. Depois, se olharmos a esta carta desde mais perto, veremos como ele trabalhou para cumprir seu objetivo.

João se dispôs a confirmar a fé dos crentes num dia difícil. E é bom anotar que o próprio João ficou completamente intato de todas essas condições. Não houve nenhuma pergunta em sua mente a respeito de onde a verdade estava. Ele não tinha duvidas de qualquer forma quanto ao que era certo. Assim, nesta carta curta, ele usa uma frase pequena treze vezes. Sugiro que você toma sua caneta quando puder e sublinhe estas duas palavras na linguagem chinesa. No inglês, são apenas duas palavras, e estas palavras, João repete treze vezes nesta carta bem breve. E a frase é esta: “nós sabemos”. Treze vezes ele diz, “nós sabemos”. Você vê, não há nenhuma pergunta em sua mente. Ele não tem duvidas acerca das coisas. Ele sabe onde ele está firme. E assim ele diz repetidamente, “nós sabemos”.

Depois, ele tinha outra frase. Dez vezes ele usa esta outra frase, e essa frase é, “isto é”. E ele liga esse “isto é” com dez coisas. Temos lido a primeira no capítulo cinco: “esta é a mensagem”. A seguinte é : “esta é a promessa”. A terceira é: “este é o mandamento”. A quarta é: “esta é a testemunha”. A quinta é: “este é o amor de Deus”. A sexta é: “esta é a vitória”. A sétima é: “está é a certeza”. A oitava é: “este é o anticristo”. A nona é: “este é O que vem”. A décima é: “este é o Deus verdadeiro, e vida eterna”. Nós sabemos,” “isto é,” todas as perguntas, todas as duvidas, são postas de lado. E desta forma, o apóstolo procura confirmar os crentes em Cristo.

Ora, existem algumas outras marcas muito distintivas. E quero dizer aqui que estou fazendo seu estudo bíblico por você. Talvez, você gostaria que eu fizesse isso, mas não vou fazer de vocês pessoas preguiçosas. Por isso não vou fazer seus estudos bíblicos por vocês. É por isso que não lhes tenho dado as referencias de todas essas palavras. Você vai pela carta e marca cada ocorrência disto: “nós sabemos”. Treze vezes você o verá. E depois vai pela carta novamente e marca cada ocorrência de “isto é”. essa é uma forma muito útil de estudar. Isso é o que quero dizer quando digo que não vou fazê-lo por você, estou dando a você para fazer.

Tenho dito que existem outras marcas distintivas nesta carta, e estas marcas têm a ver com este assunto da confirmação da fé. Penso que é necessário para mim dizer que as condições com as que João estava lidando são condições que temos que lidar em nosso tempo. Temos que lidar estes muitos tipos de ensino, estas tantas interpretações das escrituras. Estamos familiarizados com as tantas divisões entre o povo de Deus, e sabemos muito bem como o mundo tem invadido o Cristianismo, e como o mundo tem roubado das igrejas seu testemunho puro. Temos que encarar estas condições. Muitas pessoas do povo de Deus, especialmente os jovens, perguntam: “qual de todas estas é verdade?” Qual destes diferentes ensinos é o correto?” Qual destas divisões entre o povo de Deus é a correta?” É um tempo de muito perplexidade, especialmente para jovens cristãos, e é por isso que estamos olhando nesta carta de João. Nós vamos deixar João nos ajudar, assim como ele ajudou os crentes de seus dias.

Quero assinalar outras trés grandes palavras nesta carta. Pois estas palavras são palavras que resolverão muitos de nossos problemas. Certamente, João disse que estas eram as coisas que resolveriam os problemas dos cristãos em seus dias. E as trés palavras são: “Luz”, “Vida”, e “Amor”. Provavelmente você lembrará com quanta frequência João ussa essas palavras. Elas são as grandes palavras do Cristianismo: Luz, Vida, Amor. E João liga com essa última palavra, “Amor”, a palavra, “Comunhão”. Ele diz muito acerca de comunhão nesta carta.

Agora vamos começar com a primeira destas grandes palavras. Voltemos ao quinto versículo do capítulo um: “esta é a mensagem, que Deus é luz, e nele não há trevas nenhumas”. “Deus é Luz”. Esta é a mensagem. Ora, devemos lembrar que João está simplesmente cheio do Novo Testamento. João sempre tem o Velho Testamento como o pano de fundo de sua mente. Poderia dar uma boa peça dura de trabalho agora. Se você for tomar o Livro de Apocalipse escrito por João, você encontraria que existem quatrocentas alusões ao Velho Testamento nesse livro. Não quero dizer que existem quatrocentas citações, mas existem quatrocentas ideias tiradas do Velho Tesamento. Digo, deixo isso com você. Não vamos tentar a olhar essas quatrocentas alusões do Velho Testamento.

Mas tendo dito isso, nos leva bem a este assunto da mensagem. ESTA É A MENSAGEM, QUE DEUS É LUZ. Você percebe que João nos leva de volta para o principio? Ele diz, “no principio”. É assim como ele abre seu Evangelho. E nesta carta, ele nos está levando de volta para o principio. O que está na mente de João? Ele está pensando sobre a criação. E ele está se referindo ao fato de que a primeira coisa na criação era luz. Deus é Luz. A primeira coisa, é claro, é Deus. Essa é a primeira coisa na criação. Tudo começa com Deus. Mas o que é Deus? Qual é o efeito de Deus seja onde for? Quando Deus entra em cena, o que acontece? Qual é o primeiro resultado de Deus entrar? João diz, como na criação, era luz. Portanto, nesta difícil situação presente, a primeira coisa é Deus e Luz.

Agora devemos voltar ao principio do Velho Testamento. Você sabe como a Bíblia começa, “no principio, Deus”. Logo, o seguinte, “e a terra estava sem forma e vazia”. Não existia beleza lá, e a escuridão estava sobre a face do abismo.

Ora, é crido por muitos que esta condição era o resultado de um prévio juízo. Não era o principio da existência do mundo. O mundo estava lá, mas estava neste estado terrível. É crido que esta condição era o resultado de um juízo que tinha caído sobre o mundo previamente. Literalmente, o mundo tinha sido destruído. E é crido que o Novo Testamento ensina que vai acontecer novamente a este mundo. Todas as coisas aqui vão ser destruídas no juízo de Deus. Quando o Senhor tenha tomado Seu povo, então, como Pedro diz: “a terra será destruída e queimada”. E João diz, “haverá um novo céu e uma nova terra”.

Agora, podemos entender melhor hoje, do que alguém naqueles dias podia entender, quão fácil isso poderia ser. É sabido que existe na existência, poder suficiente em bombas de hidrogênio para destruir toda esta terra. Tem sido definitivamente declarado que isso poderia ser feito num tempo muito breve. Pedro em sua carta profetizou que isso vai acontecer. Se é para haver um novo céu e uma nova terra, então a velha deve ser destruída.

Mas João não está particularmente preocupado com a destruição do mundo material. Com o que ele está preocupado é com a condição espiritual que corresponde à condição no segundo versículo de Gênesis. Se no principio de Gênesis, a terra estava sem forma e vazia, e escuridão estava sobre a face do abismo, se é assim como era com a criação material naquele então, João vê que existe uma condição espiritual justamente como essa em seu próprio tempo. Tudo tem ficado num estado de desordem e rotura. Tudo está quebrado. Não há beleza que contemplar. Todas estas condições espirituais justamente falam de uma palavra - “caos”. O veredito é, escuridão sobre a face do abismo.

Ora, Deus interviu nessa situação. Em efeito, Deus disse, “isto não é como jamais pretendi ter as coisas. Este estado das coisas não expressa Minha mente para o mundo”. Por isso, Deus entrou para remir o mundo dessa condição. Em Gênesis, Deus interviu através de Seu Filho. João diz em seu evangelho, que foi através do Filho de Deus que todas as coisas foram criadas. Depois, João continua a dizer, que neste caos espiritual, Deus tem intervindo outra vez pelo Seu Filho. Exatamente da mesma forma como Ele interviu na criação material, assim Ele intervem na espiritual. Deus diz sobre a criação material, “haja luz”, e Deus diz sobre o caos espiritual, “haja luz”. E essa luz entra através de Seu Filho. Você lembrará que em seu evangelho, João disse, “nele estava a Vida, e a Vida era a luz dos homens. E a Luz brilhou na escuridão”. A Luz entrou no mundo através do Filho.

João está olhando a este estado das coisas espiritualmente em seus dias, e ele diz que a maneira de Deus remir esta situação é trazendo a Luz para dentro, entrar Ele mesmo na Pessoa de Seu Filho como Luz. Deus vai reverter toda esta situação, pelo Seu Filho, em termos de luz. A primeira coisa na redenção é luz.

Primeiramente, luz revela o estado das coisas. Quando Jesus entrou neste mundo, Ele fez todos verem qual era a condição. Homens começaram ver coisas justamente como elas eram. É maravilhoso ver como tudo foi esclarecido onde quer que Jesus chegava.

Tem ao redor homens perversos? Bem, a gente não vê que eles são homens perversos até que Jesus chegava. Jesus disse dos escribas e fariseus, “vocês são de seu pai, o diabo”. Ninguém jamais pensou isso acerca dos escribas e fariseus previamente. Estes eram homens exteriormente muito religiosos, e Jesus diz, “vocês são do diabo”. E assim que Ele continua nesta terra, fica perfeitamente claro que Ele está correto. Estas mesmas pessoas que o mundo pensava que eram pessoas religiosas irão um dia crucificar Jesus Cristo.

Como a Luz verdadeira, Ele tem trazido em aberto, a verdadeira condição dos corações dos homens. E você sabe, esse é sempre o efeito ao Jesus chegar a qualquer lugar. A primeira coisa que sentimos, quando Jesus chega perto de nós é, que criaturas más nós somos! Numa ocasião, Jesus entrou na vida de Simão Pedro. Simão Pedro clamou, “afasta-te de mim, oh Senhor, pois sou um homem pecaminoso”. O primeiro efeito da Luz em Cristo é revelar o verdadeiro estado do coração do homem. Se o homem não gosta de ter sua verdadeira condição revelada, ele crucificará Cristo. Ele perseguirá e lutará contra o Senhor Jesus. Mas se estamos preparados para ter nossa verdadeira condição revelada, nós ajoelharíamos, e diríamos, “sou um homem pecaminoso, oh Senhor”.

O efeito da Luz é revelar o estado das coisas. O verdadeiro significado de tal revelação é para nos levar ao arrependimento. Qualquer homem ou mulher que nunca tem sentido o horror do pecado de suas próprias naturezas, nunca conheceu Jesus Cristo. Isto é um teste para saber se temos vindo à Luz. Nenhum homem ou mulher pode jamais chegar perto de Jesus Cristo sem clamar, “sou pecaminoso”. Como o pródigo, temos que dizer, “Pai, tenho pecado contra o céu e diante de ti”. Não tenhamos duvidas sobre isto. Um toque com Jesus Cristo significa entendermos quão pecaminosos somos em nós mesmos. Nenhuma verdadeira união com Jesus Cristo pode significar que temos qualquer orgulho em nós mesmos. Nunca podemos ter qualquer relacionamento verdadeiro com o Senhor Jesus e sentirmos que estamos bastante bem.

O homem ou a mulher que vive mais perto do Senhor Jesus é o homem ou mulher que sente que são as piores pessoas neste mundo. O clamor de seus corações é, “TEM MISERICORDIA DE MIM, OH SENHOR”. Não são apenas palavras, não apenas palavras religiosas, eles saem de uma revelação de nossos próprios corações na Presença da Luz. Se lembrará você disto, que num sentido, a senda para o céu é a senda no descobrir mais e mais quão pecaminosos somos em nós mesmos. A pessoa que chega mais perto do céu é aquela que sabe melhor que não devem ter um lugar no céu, elas são as pessoas que estão mais prontas em dizer, “sou completamente inapto para o céu”. Assim, a Luz revela o estado do coração do homem. Tem que ser assim antes de que possa haver redenção. Este é o primeiro passo para a redenção. Foi assim no caso do mundo material, e é assim no caso da nova criação em Cristo.

Mas depois, veja Jesus novamente ao se mover pelo país. Você percebe o que acontece? Um povo amarrado em aflição, aqui tem uma pobre mulher que tem vindo sofrendo por muitos anos, aqui está aquele homem vagueando pelas tumbas, cheio de demônios, ninguém poderia o dominar, cada cadeia que colocavam nele, ele arrebentava. Seja onde for que Jesus ia, Ele mostrava que por trás destas horrorosas condições estava Satanás. A gente não tinha pensado sobre isso dessa forma; eles pensavam, “esta pobre mulher”. Bem, ela está sofrendo de alguma doença; Jesus disse, “quem Satanás tem amarrado todos estes anos”. Este pobre homem nas tumbas, a gente dizia, “bem, claro, ele tem perdido sua razão, ele está louco”. Mas Jesus diz, “é o diabo nele”. E por tanto, seja enfermidade ou o que fosse, Jesus vê outro poder por trás disto. E quando Jesus entra em cena, os espíritos malignos clamam, “Sei quem Tu és”.

Você vê, o poder do mal escondido por trás do caos neste mundo é trazido à luz por Jesus. Existem muitas condições que não estão de acordo com a vontade de Deus. Mas as aceitamos porque dizemos, “bem, elas são apenas condições humanas”. Se tivéssemos a Luz, veremos que outro poder é responsável por isso. Ou seja, por onde quer que Jesus fosse, Ele mostrava que pela Luz, estas coisas não estavam de acordo com a vontade de Seu Pai. A qualquer lugar que Ele ia, tornava-se claro que isto não é como Deus o teria, isto está tudo errado, Deus o teria diferente disto. Isso é o que ficou claro ao Jesus vir ao mundo.

Agora vamos para a carta de João. Temos falado das condições, as condições com as que João estava tendo que lidar, com as condições que o povo do Senhor estava tendo que lidar – confusão no ensino, divisões entre o povo do Senhor, e muitas outras coisas. João está dizendo, “que Deus é Luz, e nele não há nenhumas trevas”. Todo estas condições são contrárias à mente de Deus. Isso é o que a Luz mostra. Falso ensino está contra Deus. Divisões entre o povo do Senhor são contra Deus. Qualquer desordem e rotura é contrário a Deus. Portanto, a Luz demanda alguma reação. A Luz nunca é passiva. Você percebe isso?! A Luz nunca é passiva. Apaga todas as luzes, e em todo lugar é escuro. Liga as luzes, o que acontece? Bem, alguma coisa acontece. A escuridão desvanece. Não pode suportar a Luz. A Luz é efetiva. A Luz é ativa. A Luz faz coisas.

Isto é um desafio para nós. Afirmamos ter bastante luz? Pensamos que temos a verdade, que somos o bastante iluminados? Bem, o que está acontecendo com toda a luz que possuímos? É apenas uma luz passiva? Não existe tal coisa. Se não é uma luz ativa, não é luz de modo algum. A Luz é intencionada a fazer alguma coisa. A Luz é intencionada a mudar as condições. Apenas imagina, como podem as pessoas que afirmam ter Luz ser responsável por divisões dentre o povo do Senhor? Isso é uma contradição da Luz. Assim João diz, “se andamos na Luz, temos comunhão”. Um efeito de andar na Luz é tendo comunhão uns com os outros. E algumas pessoas pensam que tendo luz significa, fazer divisões, dissolver a comunhão. João diz, isso é uma mentira, isso não é a verdade. Luz sempre significa que devemos andar nela. “E se andamos na Luz, teremos comunhão uns com os outros”.

Você vê, luz efetua coisas, “Luz” é um assunto prático. Não estou contento com somente dar a você teoria. Meu objetivo em vir aqui não é somente dar a você mais ensino. Provavelmente, esta semana verá a final de meu especial ministério aqui, e logo terei ido novamente. Com o que estou realmente preocupado é com isto: não que tenha dado você mutias palavras, mas que tenha dado a você, luz, ou o Senhor tenha dado a você Luz. Porque a verdadeira Luz sempre faz coisas. A escuridão não pode suportar a Luz. A escuridão não pode vencer a verdadeira Luz. É isso o que João disse sobre Jesus, “e a Luz resplandeceu ou foi manifestada, e a escuridão não a venceu”. Luz deve ser algo muito eficaz. Estamos andando na Luz? Ou estamos somente afirmando ter luz? Lembre que cada partícula de verdadeira Luz é poder. Há poder por trás desta Luz.

Luz é poder. É sempre poder. É tudo o que afirmamos ter como Luz, realmente poder? É toda a Verdade que possuímos, poder? Faz coisas? Ou está apenas em nossas cabeças? É apenas uma teoria? Você vê, quando Jesus veio, uma Luz entrou no mundo, algo acontecia onde quer que ele fosse. E é assim como tudo veio a ser. “Deus é Luz, e nele não há trevas nenhumas”.

ESTA É A MENSAGEM. Isto é o que levamos conosco. Não só algo em palavras e teoria, mas algo que faz algo. Devemos examinar toda nossa verdade, só para ver o que está fazendo. Quanto está mudando a situação de caos para a luz, de desordem para a ordem, do vazio para a plenitude, da feiura para a beleza. Estos são todos, efeitos da luz. Isso é o que Jesus faz, porque Ele é a Luz do mundo. É assim como deve ser sem ensinos.

Ora, apenas comecei nesta primeira mensagem. Talvez tenha a dizer mais disto em particular, se Deus quiser amanha à noite. Mas não espere até amanha à noite, começa esta noite. Pergunte ao Senhor quanto de tudo o que você tem em sua cabeça está realizando coisas. Quais as mudanças que estão sendo realizadas pela Luz, pois não existe luz verdadeira que não faça mudanças.

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