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Vitória

por T. Austin-Sparks

Primeiramente publicado na revista "A Witness and A Testimony", em Nov-Dez 1971, Vol. 49-6. Origem: "Victory". (Traduzido por Maria P. Ewald)

"Graças a Deus, que nos dá a vitória, por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, porquanto sabeis que, no Senhor, o vosso trabalho não é em vão" (1 Coríntios 15:57-58)

"Graças!" "Vitória!" O apóstolo estava lidando com os inimigos mais formidáveis da esperança e confiança. É como se ele tivesse chamado a estes gigantes, os alinhou, e lidou de forma muito eficaz com cada um, imobilizando-os pela Cruz de Cristo.

O primeiro que foi assim tratado foi o colosso formidável da condenação - a lei. Nenhum homem jamais poderia afrontar essa força presunçosa. Ela desafiou cada geração, e sempre trouxe vítimas derrotadas. De fato, pela soberania de Deus um propósito de sua existência era expor a fraqueza e a impotência do homem em seu estado não regenerado. Mas a graça, a graça de Deus, em Cristo Jesus, se manifestou na plenitude do Cristo crucificado e ressurreto, destruiu o poder de condenação da lei e se ergueu daquele corpo prostrado com este grito exultante: "Graças" "Vitória!" "Por meio de nosso Senhor Jesus Cristo!"

A força da lei era o pecado e o filho monstruoso deste "Golias" foi o próximo a ser tratado neste tremendo capítulo.

Que força tem o pecado! Cada recurso concebível foi feito para neutralizá-lo: justiça cerimonial; justificação psicológica; raciocínio filosófico; evasão fatalista; sublimação e ‘faz de conta’ ideológico, para não falar das agonias da luta e do esforço. Mas o pecado permanece vitorioso no campo de batalha. Faça o que fizer, e chame-o como quiser, ele despreza todos os esforços para colocá-lo para fora. Então Cristo veio e ele foi "feito para nós da parte de Deus, sabedoria, justiça, santificação, redenção", o "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo"..."feito pecado por nós (em nosso lugar), para que fôssemos feitos justiça de Deus mediante a fé nele." "Por sua cruz triunfou", e deste túmulo o grito triunfante irrompe: "Graças" "Vitória!" "Por meio de nosso Senhor Jesus Cristo."

A lei, o pecado, e a consumação de ambos - a morte! Que inimigo! Que poder! Em seu próprio reino é definitiva, e a esperança é silenciada. É o refúgio (?) do desesperado e abandonado. E, no entanto, não é anestesiada, tem uma 'picada', e, na medida em que é um "inimigo", tem um poder.

Não vamos nos deter sobre esta mãe da tristeza, solidão, decepção e desolação. Ela nem mesmo pode ser demitida por essa filosofia que diz que - para o homem em geral - "a morte não existe".

Mas, diz o Apóstolo, "A morte foi tragada pela vitória"! "Ó morte, onde está tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão?" Ela atacou o Filho incorruptível de Deus, e Ele se virou e arrancou seu aguilhão. Ele, morrendo, destruiu a morte para sempre, por todos aqueles que depositam sua fé nEle. Sobre a morte Ele venceu pela Sua ressurreição, pois "de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos", a buzina soou - "Graças!" "Vitória!" "Por meio de nosso Senhor Jesus Cristo!"

O Apóstolo não para por aí. Ele acrescenta uma palavra inspiradora, animadora garantia para todos os que o "trabalham" na "obra do Senhor". "Portanto..." "Não seja desconcertado com a condenação, por sua própria consciência de culpa ou imperfeição; pelos impulsos persistentes do acusador; pela falta de estabilidade para terminar o trabalho, pelas decepções que o tempo traz. Devido a este triunfo universal Daquele para quem trabalho, sede firmes e constantes, sempre abundantes...na medida em que você sabe que o vosso trabalho não é vão no Senhor."

"Graças a Deus!" "A vitória, por meio do nosso Senhor Jesus Cristo!"


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